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GERAÇÃO ALPHA PARTE 2

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GERAÇÃO ALPHA: A MAIS NOVA GERAÇÃO NASCIDA NO MEIO DIGITAL (PARTE 2)

Desde que os testes de QI foram desenvolvidos, cada geração que sucedeu foi capaz de ter scores cada vez mais altos. Porém, os nativos digitais são as primeiras gerações a terem resultados de QI inferiores aos seus pais.

O uso excessivo de internet, principalmente por crianças com seus cérebros ainda em desenvolvimento, apresenta diversos sintomas negativos.

Diversas pesquisas já apontam para múltiplos atrasos cognitivos na linguagem associados ao uso de telas na primeira infância (período da vida que vai até o septuagésimo sétimo mês de vida da criança).

A excessiva quantidade de informação passada na tela, que coloca a criança em uma posição passiva frente ao que é apresentado, não só causam vícios pelo fácil esforço e altos níveis de recompensa que proporcionam, mas também impedem as crianças de serem capazes de processar as experiências que recebem ou desenvolverem habilidades novas.

O fácil acesso a praticamente tudo na internet também não permite que a criança seja capaz de elaborar experiências de perdas e frustrações de maneira adequada.

O uso excessivo de telas com crianças também causa prejuízos na qualidade do sono, capacidades motoras, sedentarismo, problemas visuais, prejuízos na postura, sintomas de TDAH, déficits no comportamento social, ansiedade, depressão, irritabilidade (principalmente ao se afastar das telas ou não poder ter acesso à elas), entre muitos outros sintomas.

O tempo de uso de telas não se apresenta como o único problema: a qualidade dos conteúdos que as crianças são expostas também pode ser preocupante. Nos Estados Unidos, usa-se o termo Brain Rot ou, em português, Cérebro Apodrecido para se referir a conteúdos de baixa qualidade, que pouco agregam ou estimulam o desenvolvimento cerebral, mas são extremamente estimulantes e viciantes. Um exemplo famoso de Brain Rot popular entre as crianças atualmente é a série de vídeos do YouTube Skibidi Toilet, em que os episódios não duram mais que 2 minutos. Nestes vídeos, homens de terno e cabeça de câmera enfrentam privadas com cabeças humanas em uma guerra com muitos estímulos como lasers ou explosões, mas sem nenhum tipo de mensagem ou atividade significativa para acompanhar.

Outros tópicos muito populares entre as crianças são vídeos de reviews de maquiagens e produtos de tratamento de pele para uso adulto, vídeos de influencers que apresentam opiniões ou discutem tópicos inapropriados para a idade infantil, fake news ou animações que se disfarçam de infantis, mas que apresentam conteúdos explícitos ou temas adultos. Ainda nos Estados Unidos, começou-se a usar o termo Elsagate para falar sobre vídeos (postados, em sua maioria, no YouTube Kids, plataforma da Google que deveria ser voltada exclusivamente para crianças) que fingem ser infantis, com personagens famosos como o Homem-Aranha, Mickey Mouse ou, homenageando o nome destes tipos de vídeos, a própria Elsa, em situações inapropriadas para o público infantil, como praticando atos de aborto, sequestro, abusos, trabalho de parto ou assassinato.

As brincadeiras ao ar livre e o contato interpessoal entre as crianças vem também se tornando cada vez mais raro, o que causa enormes prejuízos para seu desenvolvimento social.

É importante sempre supervisionar os conteúdos acessados pelos pequenos. Aplicativos e funções em celulares e tablets que limitam o tempo de uso ou o acesso a certos tipos de conteúdo pelas crianças são úteis. Porém, não é o bastante. Filtros falham e é importante reconhecer que muitos aplicativos e programas, apesar de serem voltados para crianças, podem ter conteúdo para adultos, publicados por pessoas com más intenções. Filhos curiosos e não supervisionados podem aprender também como desativar as restrições de tempo configuradas. De acordo com o site Agência Brasil, o tempo de uso de internet deve ser de apenas 1 hora diária até os seis anos.

Entre os seis e dez anos, recomenda-se, no máximo, uso de 2 horas diárias e, após os dez anos, recomenda-se um máximo de 3 horas de uso diário.

É importante salientar que o uso de tablets e celulares deve sempre ser acompanhado de um adulto responsável. É muito importante encontrar também momentos de lazer em família, proporcionando experiências com estímulos adequados e que permitam a criança aprender sobre o mundo e agir sobre ele, além do desenvolvimento de habilidades sociais ou motoras nestes momentos. Muitos programas infantis na internet não estimulam a criança a se mover ou despertam o interesse na aprendizagem, apenas mostram músicas e imagens coloridas, as quais a criança passivamente assiste ao invés de interagir.

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Parabéns pelo artigo

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