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GERAÇÃO ALPHA PARTE 1

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GERAÇÃO ALPHA: A MAIS NOVA GERAÇÃO NASCIDA NO MEIO DIGITAL (PARTE 1)

A nossa juventude adora o luxo, são mal educados, detestam a autoridade, não demonstram respeito aos idosos e preferem ficar conversando ao invés de trabalhar. Os jovens de hoje em dia são os maiores tiranos de suas casas, não se levantam mais quando um adulto chega e constantemente enfrentam seus pais. Para a sociedade, eles sempre se apresentam de maneira ridícula. Na mesa, eles comem desenfreadamente, cruzam suas pernas e tiranizam seus professores.

Para quem desconhece esta fala, pode acreditar que ela diz respeito aos jovens de hoje em dia. Porém, o autor desta fala foi ninguém menos que Aristóteles, famoso filósofo grego que viveu entre os anos 469-399 antes de Cristo.

A geração alpha consiste de todas as pessoas que nasceram entre os anos de 2010 e 2025. Estas crianças apresentam muitas diferenças quando comparadas com as crianças de gerações anteriores. Assim como a geração antes dela, a geração Z, elas são nativas digitais. O termo nativo digital foi usado pela primeira vez em 2001 pelo psicólogo americano Marc Prensky no artigo Digital Natives, Digital Immigrants ou, em português, Nativos Digitais e Imigrantes Digitais. Neste artigo, Prensky define os nativos digitais como as pessoas que cresceram com tecnologias como a internet, computadores ou, em tempos modernos, os famosos tablets.

Os nativos digitais enfrentam problemas únicos nunca antes vistos na humanidade.

Porém, esta geração também apresenta grandes potenciais, jamais imaginados serem possíveis de se alcançar para gerações anteriores.

Quase todos os riscos e potenciais enfrentados e apresentados por esta nova geração podem ser relacionados, de maneira direta ou indireta, com o fácil acesso à informação que a internet nos proporciona.

Pessoas dos anos 50 provavelmente podem se lembrar com muito carinho das tardes de televisão em família. Pessoas dos anos 80 e 90 devem lembrar-se dos famosos consoles de videogame como o Super Nintendo, o Nintendo 64 ou o Sega Genesis, e desenhos como Dragon Ball Z ou as Tartarugas Ninjas. As crianças dos anos 2000 adoravam jogar em seus DS, ou assistir desenhos como Os Padrinhos Mágicos e Bob Esponja. Todas estas gerações também apresentavam suas próprias brincadeiras e brinquedos: Bonecos do G.I. Joe, Hot Wheels, amarelinha, bonecas da Barbie, pique-esconde, trenzinhos, estilingues, carrinhos de rolimã, armas de Nerf, etc. A geração Alpha não é exceção desta regra: eles têm ídolos como os youtubers e influencers, jogos como Five Nights at Freddies ou Roblox e brinquedos como Fidget Spinners. É comum ouvirem pessoas mais velhas abominam a cultura das pessoas mais novas, seja pelo fator de nostalgia, ao recordar apenas os “bons tempos”, mas não se lembrar das dificuldades, ou acreditando que as crianças mais novas jamais saberão como brincar “de maneira adequada e saudável”.

Artigo publicado na revista The New York Times em 2014 intitulado When Novels were Bad For You ou, em tradução livre, Quando os Romances Faziam Mal para Você, escrito por Anna North, nos apresenta uma perspectiva interessante: antigamente, acreditava-se que a leitura excessiva de narrativas e romances poderia fazer com que você passasse a ser incapaz de distinguir a realidade da ficção (como, por exemplo, vive o personagem Dom Quixote). Nos dias modernos, a preocupação diz menos sobre a incapacidade de diferenciar ficção e realidade e mais sobre o tempo de atenção cada vez mais curtos que a internet estimula. Porém, uma preocupação é comum em ambos os casos, assim como também foi comum na época do rádio ou da televisão: como as novas mídias de compartilhamento de informação e comunicação afetam o nosso desenvolvimento e como podemos separar as boas informações vindas destas das ruins?

A geração alpha, desde bebês, já são capazes de usar a internet de maneiras que podem gerar grandes surpresas em adultos. Estas crianças têm a capacidade de serem mais inteligentes e capazes de absorverem mais conhecimentos do que qualquer geração anterior pela simples facilidade de acesso que a internet proporciona. Esta é uma geração única, e que tem consigo uma estrutura de aprendizagem única, capaz de inovar em diversas áreas, como a psicologia, tecnologia ou comunicação. É possível que, assim como nos preocupamos em como esta geração viverá e crescerá com tamanha exposição às telas, esta mesma geração de hoje se preocupe sobre como a realidade virtual, ou chips cerebrais irão afetar os jovens de 2040 ou 2050. Assim como um martelo pode ser usado para esmagar um crânio ou construir uma casa, a internet é uma ferramenta que pode ser usada tanto para o bem, quanto para o mal. Isso implica, porém, que, apesar de todas as vantagens que a geração alpha tem e terá disponível, ainda existam problemas bastante reais e graves que devem ser atentados, expostos e debatidos.

Comentários (1)

Amei esse artigo, bem esclarecedor.

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