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Separação: A Jornada de volta a Si Mesmo

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Separação: A Jornada de volta a Si Mesmo

A separação é um processo difícil e doloroso, pois o processo de união entre casais é de longa adaptação.

Quando uma pessoa faz essa opção, existem várias razões, não apenas sentimentos como o amor.

Nos unimos por amor, paixão, afinidade, medo da solidão, expectativas, etc…

Esse processo de adaptação compreende em dividir e misturar-se. Com o tempo vamos colando pedacinhos do outro em nós e damos aos outros pedacinhos de nós mesmos. São nossos hábitos absorvidos pelo outro e projeções que realizamos sobre a figura do outro.

Projeções são o que eu tenho em mim como conceitos, expectativas, desejos que projeto no outro e reconheço no outro como sendo qualidades.

Isso faz parte de um processo de empatia, projeção, misturados a sentimentos, como amor, desejo e necessidade de “ser” na vida do outro.

A questão é que com o tempo você pode não compreender mais o que é seu, o que é do outro e o que foi construído na relação. “Tudo junto e misturado”.

Quando a projeção já não é mais eficiente, os sentimentos também não sustentam mais a relação.

O processo de separação se inicia, mas como reconhecer o que é seu e o que é do outro.

Quem sou eu?

Você chegou nesse relacionamento com uma vivência de sentimentos, necessidades e experiências de vida únicas. Trouxe história de vida de origem familiar, de cultura e forma de viver com conceitos próprios aprendidos até aquele momento da união, onde houve essa “fusão”, onde vale dizer que isso acontece para os dois lados.

Na separação, revivemos outros processos que já havíamos passado quando nos separamos da mãe lá na primeira infância, onde a mãe, nosso primeiro amor, precisa nos ajudar no processo de separação para que possamos nos entender como pessoas individualizadas. Seremos individuais, únicos, independentes do corpo, do sentimento e da vontade do outro. Por isso dizemos que nesses casos de separação é uma dor primária.

Se nesse processo no início de nossas vidas não forem bem vividos, temos dificuldades em compreendermos novas separações, pois o sentimento de rejeição pode surgir como ameaça à nossa integridade.

E podemos ter reações como incessantes tentativas de resgate. Fazer com que o outro me queira manter ali a qualquer custo. Custo este, que emocional, pode ser físico e doentio para manter a sensação da primeira relação de amor e evitar um novo processo de individualização efetivo.

Há pessoas que precisam de ajuda profissional para realizar uma atitude como essa, porque o processo pode ser de extrema dor e desorganização emocional.

 

Comentários (1)

Muito bom esse artigo. Parabéns

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